A vida do empresário Osmar, proprietário da Loja de 10, virou um lamentável caso de polícia. A empresa do seu Osmar está localizada na 1ª Avenida, no Centro de Mineiros. O pequeno estabelecimento comercial conta com dois colaboradores.
Recentemente, um dos funcionários da loja foi liberado para viajar para o município de Trindade. Neste mesmo período, a mulher do seu Osmar deu à luz. A criança, por uma infelicidade, nasceu prematura e com riscos de morte. Por isso, Osmar necessitou viajar, urgentemente, com sua mulher e sua criança para tratamento em Goiânia.
Para o comerciante, só restava um dos funcionários para cuidar da Loja de 10. Naquela situação, o empresário pediu ajuda a amigos e parentes para dar apoio em sua loja enquanto estivesse ausente. Por conta dos eventos da 35ª ExpoMineiros, pouca gente se dispôs a lhe ajudar.
Com isso, em meio ao desespero, o empresário conversou com uma irmã. Em resposta, ela disse que sua filha, chamada Cleini, iria ajudá-lo enquanto estivesse para Goiânia.
Então, a sobrinha de Osmar, Cleini, se disponibilizou, até então, com muita boa vontade a dar apoio ao tio naquela situação de grande urgência.
"Eu ofereci a ela R$ 50,00 por dia e ainda perguntei se estava suficiente. Ela me respondeu o seguinte: 'está bom, inclusive a gente não precisava nem cobrar, família é para essas horas'", disse Osmar.
O comerciante viajou e retornou à Mineiros na segunda-feira (7/07). Ao voltar às suas atividades na loja, sentiu a necessidade de olhar os vídeos gravados por sua câmera de segurança.
Ao acompanhar atentamente as imagens, acabou flagrando uma situação deplorável. Voltou o vídeo ao início várias vezes para ter certeza do que estava vendo (e também para poder acreditar naquilo) e, quando não sabia mais o que fazer, acionou a Polícia Civil para lhe dar suporte.
“No sábado (5/07), quando deu 8h e 8 minutos da manhã, quando estava abrindo a loja, meu funcionário abriu a primeira porta e ela [a sobrinha] entrou. Quando ele foi abrir as outras portas, ela foi direto ao caixa e cometeu o primeiro ato [furto]. Abriu o caixa e pegou dinheiro do caixa. Depois, foi consequentemente [seguidamente]. Percebi então que dinheiro estava sendo subtraído do caixa”, contou Osmar, sobre as imagens filmadas pela câmera de segurança.
Uma equipe de policiais localizou Cleini e a encaminhou à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos. No local, Osmar falou com Cleini e ela negou as acusações de furto. “Ela debateu bastante, falando que não pegou... Que eu estava equivocado, que todos ali estavam equivocados, inclusive na Delegacia”, disse o comerciante.
“O que me deixou muito triste, mais abalado, é que ela é uma pessoa da minha família e que, inclusive, é uma pessoa que eu ajudei a formar (...) uma pessoa acima de qualquer suspeita. Uma professora formada, que passou por uma faculdade, funcionária pública, e teve a coragem de se aproveitar da minha fragilidade para cometer um ato triste como esse. Me doeu muito e está doendo até agora”, lamentou Osmar.
A Polícia Civil ainda está investigando o caso.
A equipe de jornalismo da Rádio Eldorado entrevistou o policial civil Adriano Costa e o senhor Osmar. Ambos descreveram o caso contado acima. Ouça abaixo: